Técnico de impermeabilização se torna réu por causar incêndio que matou casal e bebê em apartamento de Goiás
Técnico responde por incêndio culposo e lesões corporais. Na decisão, juiz deu prazo para o réu apresentar um advogado e intimou a Defensoria Pública, cas...

Técnico responde por incêndio culposo e lesões corporais. Na decisão, juiz deu prazo para o réu apresentar um advogado e intimou a Defensoria Pública, caso ele não contrate defesa. Técnico de impermeabilização se torna réu por causar incêndio que matou casal e bebê O técnico de impermeabilização tornou-se réu por causar incêndio que matou Luiz Evaldo de Lima, Graciane Rosa de Oliveira e o filho deles Léo em apartamento em Valparaíso de Goiás, na Região do Entorno do Distrito Federal. A Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público de Goiás contra o técnico pelo crime de incêndio culposo e lesões corporais. O casal e o bebê morreram após caírem do apartamento em chamas provocadas por um processo de impermeabilização no sofá, segundo o Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBM-GO). ✅ Clique e siga o canal do g1 GO no WhatsApp Na decisão, o juíz Gustavo Costa Borges intimou a Defensoria Pública para atuar na defesa do técnico, caso ele não tenha possibilidade de constituir um advogado dentro do prazo legal para manifestação da defesa. Ao g1, a Defensoria informou que o réu ainda tem um prazo para contratar um advogado e só depois desse prazo que o órgão vai representá-lo no processo. Graciane Rosa, Luiz Evaldo e o filho bebê morreram após incêndio em apartamento, em Valparaíso de Goiás Reprodução/ Redes Socais LEIA TAMBÉM: QUANDO ACONTECEU: Casal e criança morrem após caírem de apartamento em chamas em Goiás, dizem bombeiros QUEDA: Pai tentou segurar mulher e filho recém-nascido antes de caírem de apartamento em chamas e morrerem, conclui polícia VÍDEO: Veja momento da explosão em prédio que causou morte de casal e bebê em Goiás Quando aconteceu Incêndio atinge prédio em Valparaíso de Goiás Arquivo Pessoal/Eliane Paniago O casal e o bebê morreram, no dia 27 de agosto de 2024, após caírem de um apartamento do sétimo andar do prédio em que moravam em Valparaíso. O incêndio aconteceu enquanto o técnico fazia a limpeza e impermeabilização do sofá da família. O solvente utilizado em impermeabilização de sofá foi adquirido pela internet, segundo o delegado Bruno Van Kuyk. O major Maurílio Correa, do Corpo de Bombeiros, explicou que a substância é altamente tóxica, inflamável e não possui cheiro. Vídeo mostra explosão em prédio que causou morte de casal e bebê em Goiás "É um produto mais pesado que o ar. É um gás inodoro, ou seja, não tem cheiro. Ele se concentra nas partes baixas, além de ser inflamável e tóxico. De modo que, quando houve o acúmulo e a fagulha, ocorreu, de fato, o flashover que gerou a explosão e o incêndio", explicou o Major. O técnico e a mãe de Graciane, Maria das Graças, conseguiram fugir das chamas com vida, embora tenham ficado feridos. Segundo o delegado, a mãe de Graciane estava fazendo comida durante a impermeabilização. “A senhora Maria das Graças estava cozinhando no momento do serviço e não recebeu nenhuma orientação do técnico sobre os riscos que isso poderia causar”, afirmou o delegado. Queda do apartamento A queda do casal e do bebê do apartamento pode ter sido acidental, de acordo com o perito Fernando Lerbach. Inicialmente, acreditava-se que o casal tinha se jogado do prédio por desespero. Os três morreram por conta das diversas fraturas. A outra filha de Graciane Oliveira estava na escola no momento do ocorrido, segundo o síndico. "Quando a gente faz uma análise, um dos parâmetros que usamos é o deslocamento da vítima em relação ao ponto em que ela caiu. Quando é uma queda acidental, geralmente essa proximidade é bem pequena, como foi o caso. Todas as vítimas estavam muito próximas à prumada do prédio, o que indica para nós que foi realmente uma queda acidental, e não alguém que se projetou para frente", explicou o perito. Segundo o perito, o pai do bebê caiu ao tentar segurar a mulher, que se desequilibrou com o filho. "A mãe se desequilibrou com o bebê nos braços, o pai tentou segurá-la, a tela de proteção se rompeu e os três caíram", explicou Fernando Lerbach. 📱 Veja outras notícias da região no g1 Goiás. VÍDEOS: últimas notícias de Goiás